O Banestado/Itaú entrega nesta quarta-feira à Delegacia de Estelionato de Curitiba uma documentação detalhando os lançamentos bancários de clientes que tiveram suas contas adulteradas no mês passado. Os dados tinham sido solicitados no último dia 28 de junho pelo delegado que investiga o caso, Claudimar Lúcio Lugli. Até agora, nem a Polícia Civil nem a equipe técnica do banco conseguiu descobrir o que de fato ocorreu nas contas de correntistas do Banestado.
Conforme as queixas que foram registradas na Delegacia de Estelionato, de um dia para outro sumiu dinheiro da conta de pelo menos 74 clientes do banco, num valor aproximado a R$ 250 mil. Os saques foram feitos em várias agências bancárias de Curitiba e Londrina. Depois de constatado o problema, o banco reconheceu a falha e ressarciu as pessoas que, comprovadamente, foram lesadas.
Mas as investigações na delegacia caminham a passos lentos. O delegado Cícero José, que responde pelo caso durante as férias do delegado Lugli, diz que o Banestado "não está colaborando". "Acho que deveria haver mais interesse do banco para solucionar o caso. Dependemos do Banestado para avançar nas investigações", reclama Cícero José.
O Banestado assegura que está atendendo a todas as solicitações da Delegacia de Estelionato para ajudar nas investigações. "Inexiste má vontade em apurar. Somos os maiores interessados em saber o que de fato ocorreu", disse o diretor de Relações Institucionais do Banestado/Itaú, Aldous Galletti.
O banco tem uma comissão interna que faz uma auditoria para tentar desvendar o mistério. Galletti informou que duas hipóteses já foram descartadas: a de que "hackers" invadiram o sistema de computadores do banco e fizeram os saques e a de que alguma informação interna do sistema tenha sido "vazada para fora" por ação de algum funcionário. O diretor disse que a equipe trabalha com a hipótese de ter ocorrido algum tipo de golpe.