Durante a sessão plenária desta quarta-feira (16), vereadores de Curitiba manifestaram-se a favor do uso da bicicleta como uma opção modal para a cidade, já que a sua adoção implica em hábitos saudáveis, no compromisso com o desenvolvimento sustentável da capital e na melhoria do tráfego de veículos.
Os elogios foram parte do debate que Mario Celso Cunha (PSB), líder do prefeito na Câmara Municipal, Serginho do Posto (PSDB), Professor Galdino (PSDB), Omar Sabbag Filho (PSDB), Algaci Tulio (PMDB) e Professora Josete (PT) travaram a respeito de uma moção de apoio a ciclistas multados pela prefeitura de Curitiba por terem participado da pintura de uma ciclofaixa na rua Augusto Stresser, em setembro de 2007, por ocasião do Dia Mundial Sem Carro.
O requerimento foi rejeitado pelo plenário da Câmara, cujo entendimento é de que o desenho de novas faixas de orientação do tráfego de veículos cabe somente à administração pública. O uso de tinta definitiva para a demarcação da ciclofaixa teria feito com que o ato político extrapolasse as suas características reivindicatórias para transformar-se em irregularidade, que infringe o Código de Trânsito e o Código de Postura do Município. "Nós não estamos contra os ciclistas, mas somos contra a irregularidade. Ninguém pode pintar as ruas por conta própria", defendeu o líder do prefeito, retomando argumentos do departamento jurídico da administração municipal.
"Não podemos permitir a flexibilização das penalidades ou tolerar o seu descumprimento", destacou Sabbag Filho, alertando que o sentimento de impunidade faz parte dos problemas de corrupção e segurança pelos quais o País passa. O tucano foi um dos parlamentares que elogiaram o uso da bicicleta como modo de locomoção na cidade, destacando a importância de novas ações da Câmara no sentido de aprofundar o debate do tema na capital. Sabbag Filho ressaltou o ótimo desempenho que a bicicleta teve no desafio intermodal, em que cidadãos percorriam o mesmo trecho da cidade a pé, de bicicleta, motocicleta, carro e ônibus. "Por que não pintaram com giz a faixa na rua? O protesto teria valido, a chuva limparia e a prefeitura não teria que destacar uma equipe para restaurar a pintura original da via", resumiu Mario Celso Cunha.
A defesa do requerimento foi uma iniciativa da Professora Josete, que argumentou em prol do protesto dos cicloativistas. Ela se manifestou contra a autuação dos manisfestantes e insistiu que a pintura da ciclofaixa não se trata de pixação, mas sim de um ato de defesa de um meio alternativo de transporte, com o qual ela possui um compromisso. (informações da Câmara Municipal de Curitiba)