A Urbanização de Curitiba (Urbs) já estuda a possibilidade de ter que adotar um esquema de racionalização do Sistema Integrado de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Curitiba, caso o aumento do diesel se confirme e caso o reajuste supere a casa dos 10%. A idéia é reduzir a quilometragem rodada pelos ônibus, diminuindo a frequência dos veículos nos horários de baixa demanda.
Pela política de reajuste quinzenal adotada pelo governo federal, novo aumento do diesel estaria previsto para esta sexta-feira. A Petrobras garantiu, no entanto, que o combustível não sofreria reajuste esta semana.
O diretor de Transportes da Urbs, Euclides Rovani, explica que essa seria uma medida alternativa para não repassar o aumento do combustível para a tarifa, que foi reajustada em 8%, em fevereiro deste ano, passando de R$ 1,25 para R$ 1,35.
A ampliação entre os horários dos ônibus será adotada em seguida ao reajuste do diesel. Rovani garante, no entanto, que a escolha das linhas que passarão por essa adptação será criteriosa e baseada em pesquisas que indiquem os horários de pouca circulação de passageiros.
O último reajuste do diesel, em 8,28%, no dia 27 de março, já representou um impacto de R$ 700 mil nas despesas mensais da Urbs com o transporte coletivo. Para absorver o gasto extra sem aumentar a tarifa, a empresa, segundo Rovani, vem aumentando o número de ônibus bi-articulados, que têm capacidade para um número maior de pessoas, e de micro-ônibus, cujo custo operacional é menor.
Rovani acredita que os sucessivos reajustes da gasolina -23% do começo do ano até agora- podem estimular as pessoas a deixarem seus carros em casa. O aumento da demanda no sistema de transporte coletivo pode tornar desnecessária a redução da frequência dos ônibus.