Em depoimento à CPI do Transporte Coletivo da Câmara de Vereadores de Curitiba, o auditor-fiscal da prefeitura, Oldinir Furman, disse na quinta-feira (5) que nunca houve fiscalização sobre suposta sonegação de impostos das empresas de ônibus por falta de motivos para fiscalizar.
Furman explicou que a auditoria é focada em casos que envolvam denúncias ou "indícios de irregularidades". Segundo ele, "nunca aconteceu nada que desse motivo para essa fiscalização". Ele ainda disse que as empresas não são consideradas grandes contribuintes e que a arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços) no setor representa 1,5% de toda a arrecadação de Curitiba.
O presidente da CPI, vereador Jorge Bernardi (PDT), acredita que ainda há muito o que se esclarecer. "É evidente que houve problema na arrecadação destes tributos, pois a própria prefeitura confirmou que uma das onze concessionárias que operam o sistema deixou de pagar quase R$ 500 mil aos cofres municipais".
Bernardi questionou, ainda, por que as empresas passaram a recolher os valores de maneira correta somente após a realização da licitação do sistema, em 2010. "Isto foi feito de uma maneira surpreendente. Imaginem o quanto pode ter sido sonegado se formos pensar em todas as empresas", apontou. O presidente alertou que, por ter sido ouvido como investigado, e não como testemunha, Oldinir Furman pode ser indiciado pela CPI.