A renovação dos contratos com as concessionárias do pedágio nas rodovias do Paraná é tema de audiência pública na Assembleia Legislativa, na próxima segunda-feira (dia 28), às 9 horas, no Plenarinho. Grupo de deputados estaduais contrários à ampliação do prazo de concessão convida a sociedade organizada e a população para debater o sistema de concessão e outros assuntos, como a demora na execução das obras estabelecidas nos cadernos de encargos e a cobrança por eixos suspensos de caminhões vazios.
"A insatisfação com as caras tarifas de pedágio nas rodovias do Anel de Integração do Paraná juntamente com a pequena e demorada contrapartida das concessionárias com obras e serviços previstos nos contratos, constituem-se problemas que afetam diretamente as classes produtivas e a população paranaense. O atual modelo de pedágio já se mostrou saturado, principalmente por garantir enormes benefícios às empresas detentoras das concessões, devido à alta taxa de retorno. Com isso, cobram dos usuários das rodovias valores bem acima dos praticados em outros estados do Brasil", destaca documento assinado pelos deputados estaduais Tercilio Turini (PPS), Ademir Bier e Nelson Luersen.
Os parlamentares apontam que em 2017 as concessionárias vão completar 20 anos de exploração das rodovias, período em que postergaram a execução de diversas obras de duplicação, viadutos, pontes, trevos de acessos e outras melhorias. "Mesmo diante desse cenário, há intensa movimentação do governo do Estado pela renovação antecipada dos contratos de concessão, com vencimento previsto para 2022. Esse é um debate que deve ser levado à sociedade organizada e a todos os paranaenses. É impossível aceitar que as atuais concessionárias sejam contempladas com novo e duradouro período de exploração das rodovias. Como pensar em renovação se as empresas não cumpriram as atribuições estabelecidas nos cadernos de encargos", reforçam os deputados.
Eles enfatizam que o objetivo da audiência pública é ampliar a discussão sobre o pedágio e propor medidas para exigir o cumprimento dos atuais contratos, impedir a renovação automática e sugerir parâmetros para a futura licitação de exploração das rodovias do Estado.