A retirada do material dragado do Canal da Galheta beneficiará diretamente o município de Matinhos, prejudicado pelo avanço do mar que já destruiu extensa faixa de calçadas e os muros de algumas residências construídas à beira-mar. Um convênio, que será assinado nesta terça-feira (13), vai reunir diversos órgãos estaduais que farão um esforço conjunto para ampliar e melhorar a infra-estrutura da orla e conter as constantes ressacas.
"Com a dragagem dos portos iremos recuperar mais de 5 quilômetros da praia de Matinhos. Esse trabalho resultará na recuperação econômica do município e oferecerá aos paranaenses que utilizam o Litoral do Estado um espaço qualificado. São os portos tendo claro para si a necessidade de integração com os municípios litorâneos para o crescimento de toda a região", afirmou o superintendente dos portos Eduardo Requião.
Assinam o convênio a prefeitura de Matinhos e as Secretarias de Desenvolvimento Urbano/Paranacidade, de Planejamento e de Meio Ambiente/Suderhsa, além da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
As obras de recuperação acontecerão no trecho situado entre a Praia Brava e o Balneário Riviera, em Matinhos, compreendendo canais de desemboque na Praia Brava e do Rio Matinhos, recuperação da orla com material arenoso, execução de esporões, contemplando a urbanização destes, recuperação do sistema viário e urbanização.
Durante os últimos anos a população viu o calçamento da Avenida Atlântica de Matinhos ser engolido pelas constantes ressacas, assim como os asfalto e a porção de areia, que cada vez fica menor. Viram também muitos veranistas abandonarem a praia em virtude da falta de investimentos em infra-estrutura para conter o avanço do mar e lamentarem as perdas que afetaram o comércio.
Segundo o prefeito, com o engordamento da praia, Matinhos contará com uma nova faixa de areia que terá entre 80 e 100 metros de distância do mar. Além disso, a cidade passará por um trabalho urbanístico para recuperar a orla, a avenida beira-mar, as calçadas e o calçadão principal. A prefeitura estima que dos 20 quilômetros de praia existentes quase seis quilômetros já foram destruídos pela ação do mar.