A direção da Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Araucária (Amar) entrega a técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) relatório de uma auditoria independente sobre os impactos da instalação de uma usina termelétrica à base de óleo combustível na região.
O relatório deverá ser divulgado durante audiência pública para apresentação dos Estudos de Impacto Ambiental da Cofepar (Conversora de Fertilizantes e Energia do Paraná). A audiência pública é apenas consultiva. Com base em informações técnicas é que o IAP decidirá se autoriza ou não a construção da usina.
De acordo com análises da equipe do professor Osvaldo Sevá Filho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Araurária possui clima e relevo impróprios para uma usina termelétrica à base de óleo combustível. Para o diretor ambiental da Cofepar, Daniel Fragoso, há muita desinformação sobre o impacto ambiental da usina em Araucária. "Todas as pessoas que estão ouvindo nossas explicações se convencem dos benefícios da Cofepar", diz o diretor.
Além do estudo independente, a Amar entregou aos técnicos do IAP um abaixo assinado com mais de 22 mil assinaturas contra a instalação da usina. "Esperávamos coletar 5 mil assinaturas em três semanas, mas o interesse da população nos surpreendeu", conta a presidente da Amar, Lídia Lucaski. "Os moradores da cidade já disseram não a essa usina e vamos até as últimas consequências legais para evitar que Araucária se transforme em uma Cubatão do Paraná."
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira