Paraná

Apucarana declara guerra aos "malandros de rua"

21 mar 2007 às 19:54

A Prefeitura de Apucarana declarou "guerra" aos andarilhos que estão fixando ponto de mendicância, consumo de drogas, álcool e baderna na área central do município. A preocupação com o crescente número de mendigos que chegam à cidade foi pauta de uma reunião com o prefeito Valter Pegorer (PMDB). "Somos uma cidade de povo pacífico, com índices de criminalidade bem abaixo das registradas em outras de porte semelhante e queremos continuar assim. Aqui respeitamos o ser humano acima de tudo. Eu mesmo, pessoalmente dediquei e ainda dedico minha vida ao atendimento de pessoas pobres, mas temos que fazer a distinção entre o mendigo e o malandro. Mendigo a gente acolhe, malandro a gente pune com base na lei, pois traz instabilidade à vida da cidade", disse Pegorer.

Segundo ele, o município tem coletado fortes indícios de que a maior parte dos mendigos que hoje transita na cidade está sendo "despejada" durante a madrugada trazida de outras cidades. "Estamos coletando provas e assim que tivermos a confirmação (como número da placa dos veículos que os trazem) formataremos denúncia ao Ministério Público para que puna os responsáveis", contou o prefeito.


De acordo com Telma Mourão, secretária Municipal de Assistência Social, o município tem domínio sobre os que são de Apucarana. "Com os daqui temos como buscar uma resociabilização, uma aproximação com familiares mas, com os que vêm de fora, não temos como agir", explica.


Além do consumo de drogas e álcool, banho nos chafarizes públicos e a baderna com xingamentos de transeuntes são outros pontos negativos apontados pelas autoridades. "Recentemente, através do Projeto Povo, cadastramos toda essa população e temos sempre realizado abordagens pontuais e preventivas. Sem dúvidas é um problema difícil de resolver, mas com o apoio da prefeitura e da Polícia Civil, e uma ação mais severa, certamente estaremos identificando a origem de cada um deles, visando orientação de que retornem", declara Major César Vinicius Kogut, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Apucarana.

Falsidade – Outro ponto debatido na reunião foi a identificação de falsas grávidas e falsas idosas doentes, que são trazidas em kombis com placas de municípios da região, para pedir esmolas na área central de Apucarana. "Essa realidade foi constata por membros da própria equipe de assistência social. As falsas grávidas se utilizam de barriga de pano e as idosas de receitas médicas já sem validade e, muitas vezes, prescritas a outras pessoas", alerta o prefeito Valter Pegorer (PMDB). Ele orienta a população a não dar esmolas em nenhuma situação e comunicar qualquer tipo de risco social ao ser humano à Secretaria Municipal de Assistência Social - 3425-1511.


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