Paraná

Apras e MP discutem segurança nos supermercados

17 mai 2012 às 12:29

A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) se reúne na tarde desta quinta-feira (17) com representantes do Ministério Público do Paraná (MP) para entregar relatório técnico sobre os casos de explosão de caixas eletrônicos. Segundo o levantamento, mais de 16% dos supermercados do Paraná possuem terminais bancários em seu interior, mas em função dos crescentes casos de explosão de caixas bancários, 4% desses optaram por não mais prestar este tipo de serviço ao cliente.

Os mercados que optaram por tirar os caixas do estabelecimento, de acordo com a Apras, são em geral localizados nos em áreas da periferia ou interior do estado, onde aconteceram as explosões. Não há nenhum registro deste tipo de ação em áreas centrais de grandes cidades. Isso significa, segundo conclusão da Apras, que 80% do volume de serviço prestado – em lojas maiores – continuam existindo. Já quem perdeu com a desativação dos serviços foi o consumidor de menor renda, que terá que se deslocar para ter acesso ao serviço bancário.


O levantamento da Apras foi feito atendendo solicitação do MP, durante audiência pública realizada dia 15 de março, quando a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da capital instaurou inquérito civil a fim de apurar que medidas estão sendo tomadas para promover a segurança dos usuários.


"Observamos que, diferentemente da estrutura existente nas agências bancárias, em shoppings, lojas, órgãos públicos e outros locais de acesso público em que são instalados esses terminais, não há qualquer planejamento ou adaptação para o aprimoramento da segurança", ressaltou a promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro, responsável pelo inquérito.


Na ocasião, o MP enviou ofícios pedindo esclarecimentos a vários órgãos representativos dos estabelecimentos comerciais, entre eles à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), à Apras, Associação Comercial do Paraná (ACP) e Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

De acordo com a Apras, até o momento o risco ao consumidor foi praticamente nulo nas investidas nos mercados, pois todas as explosões ocorreram quando as lojas estavam fechadas.


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