Até 9 de junho
A Associação dos Professores do Paraná (APP Sindicato) realiza no próximo dia 12 uma mobilização para protestar contra a atual da situação da categoria. Eles participam pela manhã, na Assembléia Legislativa, em Curitiba, de sessão pública sobre as irregularidades do Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). À tarde, no mesmo dia, eles acompanham a votação de uma emenda indicando aumento do salário dos servidores públicos. A pauta foi definida ontem, durante encerramento do Congresso Estadual da APP Sindicato, realizado em Pontal do Paraná, litoral do Estado.
No evento, os professores discutiram também a possibilidade de uma greve já no início do ano letivo de 2001. "Na primeira semana de aulas, que geralmente acontecem debates, reservamos o tempo para definir o calendário da paralisação", informou o secretário de organização da APP, Luiz Carlos Paixão Rocha. Ele explica que a opção pela greve foi discutida durante os três dias do congresso e mostra o descontentamento dos professores com a situação.
Acordo feito com o governo no primeiro semestre deste ano, pôs fim ao movimento de greve de quase trinta dias. No entanto, o governo cumpriu apenas metade das reinvidicações da categoria. Com a paralisação os professores conseguiram a retomada dos avanços - como resolução da pendência de 8 meses de atraso do salário -, mas itens como reajuste salarial de 41,14%, eleições para diretores e pagamento da hora atividade ainda não foram atendidos.
Todas estas questões fizeram parte do Congresso da APP, o primeiro realizado após a unificação da APP com o Sindicato dos Funcionários de Escolas (Sinte), em 1997. Participaram cerca de 500 pessoas, representantes de todos os municípios paranaenses. O tema do congresso teve como título " Educação para o século XXI: enfrentando o neo liberalismo". Os professores participaram de palestras e discussões abordando a conjuntura política do País, além de definirem o calendário de atuação nas escolas durante os próximos dois anos. A prioridade, segundo a APP, é fortalecer os conselhos escolares.
O evento encerrou às 14 horas de ontem. "O resultado foi positivo, pois definimos nosso calendário de luta", conclui Paixão Rocha.