A Escola de Educação Especial Josephina Welding Nunes, mantida pela Apae de Campo Mourão, está à beira de um colapso, segundo a diretora da escola, Maria Sezineide Cavalcante de Melo. A entidade está atendendo parte dos alunos em sistema de rodízio e não pode abrir vagas para cerca de 30 crianças que estão na ""fila de espera"".
O rodízio envolve cerca de 30 dos 272 alunos da Apae. Metade deles frequenta a escola às segundas, quartas e sextas-feiras. A outra metade é atendida às terças e quintas-feiras. ""Nossos repasses são os mesmos de 1997, quando tínhamos menos de 200 alunos"", lembra Sezineide. O custo mensal de cada aluno é de R$ 88,00, mas a Apae só recebe R$ 66,00.
Os repasses do governo federal estão atrasados há três meses. E uma proposta da Secretaria de Estado da Educação pode cortar a ajuda aos alunos maiores de 21 anos. ""Será o colapso total"", prevê Sezineide. Hoje a Apae de Campo Mourão mantém 70 alunos com mais de 21 anos. O mais velho tem 61 anos. As 17 professoras não conseguem atender todos os alunos. ""Precisaríamos de pelo menos mais quatro.""
Na semana passada, Sezineide pediu ajuda aos vereadores numa sessão da Câmara. A diretora diz que a saída seria investir na Apae Rural, cujo projeto prevê um centro de habilitação profissional aos alunos. A proposta está desde 1997 no Ministério da Educação aguardando a liberação de recursos.