Paraná

Alunos protestam contra aumento da tarifa em Foz

11 abr 2003 às 17:21

Estudantes protestaram contra o aumento de 15% da tarifa urbana que entrou em vigor nesta sexta-feira em Foz do Iguaçu. Perto de 60 secundaristas levaram cartazes e promoveram um apitaço em frente à prefeitura para reclamar do reajuste de R$ 1,30 para R$ 1,50. O passe escolar foi fixado em R$ 0,75.

A principal crítica dos alunos recaiu sobre o fato de ser o segundo aumento num prazo de cinco meses. Em novembro do ano passado, a passagem subiu de R$ 1,10 para R$ 1,30. Segundo eles, as novas cifras estão acima da capacidade de pagamento da maioria dos trabalhadores.


Os secundaristas também lembraram que membros do Executivo prometeram que não haveria reajuste com a entrada em funcionamento do transporte coletivo integrado. A estréia do aumento ocorreu, entretanto, no mesmo dia que o sistema começou a operar 100%. Desde fevereiro, ele funcionava parcialmente.


Já a Associação de Proteção ao Usuário do Transporte Coletivo, fundada na terça-feira passada, quer a criação de um conselho municipal que seria composto por representantes de passageiros, de empresários e do poder público. A entidade seria responsável em definir futuras mudanças de valores, como explicou o diretor da associação, Adriano Lozado.


Conforme o prefeito Sâmis da Silva (PMDB), o reajuste foi necessário para dar condições de trabalho para as empresas do setor, que estavam no vermelho por causa dos últimos reajustes dos insumos, principalmente do combustível. Sâmis acusou o ato de ter fundo político e de ter sido organizado por um vereador pré-candidato a prefeito em 2004.

O novo reajuste deixou a tarifa de Foz como a segunda mais cara entre os seis maiores municípios do Paraná, atrás de Curitiba (R$ 1,70). Nesta sexta-feira, a Folha errou ao publicar que o valor era igual ao cobrado em Curitiba. O preço é semelhante ao de Cascavel (R$ 1,50) e superior ao praticado em Maringá (R$ 1,40), em Londrina (R$ 1,35) e Ponta Grossa (R$ 1,30).


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