A partir de sexta-feira, dia 23, 40 estudantes do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, terão na sua lista de material escolar um item de última geração: o ''caderno digital'', que é, na verdade, um computador portátil. Além dos estudantes, doze professores também receberão o caderno. Se for bem sucedido, o projeto experimental deve ser ampliado, beneficiando mais estudantes da rede pública de ensino.
"O objetivo era desenvolver um microcomputador portátil que pudesse ser utilizado na escola, em conexão à intranet, e ser levado para a casa do aluno, beneficiando assim toda a família", diz Rawlinson Peter Terrabuio, diretor da empresa TWT, responsável pelo desenvolvimento do projeto. Os computadores serão conectados à internet através de cabos elétricos.
A concepção do Caderno Digital demandou investimentos de US$ 500 mil, divididos entre a empresa e o governo estadual, por meio do Centro de Integração de Tecnologia do Paraná (Citpar). ''Tivemos de pensar ainda em um equipamento de baixo custo, cuja adoção fosse viável'', acrescenta o executivo.
A idéia de desenvolver um equipamento portátil surgiu diante da falta de espaço na rede pública de ensino para promover a informatização dessas unidades de ensino. Além disso, o alto consumo de energia de um computador normal também inviabiliza a instalação de um computador por aluno em cada escola. Os cadernos digitais utilizam 20 vezes menos energia do que um computador comum.
A ferramenta, porém, não é tudo. Para que o caderno digital seja bem utilizado pelos alunos, foi criada uma equipa para estudar a utilização pedagógica do caderno. Para a aplicação de cada conteúno da 1ª série do Ensino Médio, existe uma metodologia própria que vai permitir ao estudante usar o caderno digital como um instrumento facilitador do ensino.