O procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, informou nesta terça que já protocolou recurso para tentar cassar a liminar concedida pelo juiz Luis Henrique Miranda, da 1ª Vara Cível de Ponta Grossa.
A liminar, concedida em atenção a uma ação movida pelo Ministério Público, suspendeu o decreto do governador Roberto Requião (PMDB), que determinava o fechamento do curso de medicina na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Os 40 acadêmicos matriculados no curso devem voltar a ter aulas normais nesta quarta.
Já sob o efeito da liminar conquistada pelo MP, os estudantes participaram das atividades do 3º Encontro de Pesquisa, que envolveu todos os cursos da UEPG.
A Assembléia Legislativa convocou o reitor Paulo Godoy, para que compareça à sessão de segunda-feira, a fim de prestar esclarecimentos sobre a estrutura existente na instituição para manter o curso. Só depois da apresentação de Godoy é que os deputados vão votar o pedido de regime de urgência, apresentado pelo deputado Plauto Miró Guimarães Filho (PFL), para votação do decreto legislativo, também apresentado por Plauto.
O decreto legislativo prevê a revogação do decreto do Executivo, que determinou o fechamento do curso.
A Câmara de Londrina também se manifestou ontem a respeito do fechamento do curso. O presidente da Casa, Orlando Soares Proença (PL), encaminhou ofício para a Assembléia, para o Palácio Iguaçu, para a UEPG e Câmara de Ponta Grossa.
No documento, ele informa que a Câmara de Londrina está indignada com o fechamento do curso em Ponta Grossa e que os vereadores têm preocupações com relação à transferência dos acadêmicos da UEPG para as demais universidades estaduais. Ele pede que o Estado abra um novo canal de negociação com a comunidade.