As grandes gravadoras abriram um processo contra o Aimster na quinta, acusando a empresa de Albany (Nova York) de violar direitos autorais. Entretanto, um juiz federal de Albany pediu aos acusadores - que entraram com o processo em Nova York - que esperem até uma audiência na próxima quarta. Estúdios de cinema devem entrar com uma ação similar contra a empresa também.
Há três semanas, o Aimster entrou com um processo contra a RIAA (associação das gravadoras norte-americanas) em uma tentativa antecipada de impedir que a indústria fonográfica tirasse o serviço do ar. As gravadoras vão apresentar um pedido de anulação na audiência em Albany.
"Nós acreditamos que a ação (da RIAA) é uma tentativa clandestina" de negar a autoridade da corte de Albany, disse o advogado do Aimster George Carpinello, da Boies, Schiller & Flexner, a mesma empresa que defende o Napster.
"O Aimster é o Napster de novo", afirmou Cary Sherman, advogado da RIAA, em um comunicado. O software do Aimster adiciona a programas de mensagens instantâneas de trocar arquivos com outras pessoas em suas listas de amigos. A empresa diz que, como as listas são privadas, não tem direito ou a responsabilidade de monitorar ou controlar os arquivos ou informações trocadas entre os usuários.
Não é isso, diz a RIAA. "A verdade é que você não precisa ter "buddies" para usar o Aimster. Funciona com ou sem a lista de amigos", diz Sherman. Ele explica que a RIAA tentou negociar com a Aimster por duas vezes, mas a empresa cancelou os encontros. Um dia depois de cancelar o segundo encontro, o Aimster processou a RIAA, segundo Sherman.
Mas Johnny Deep, CEO do Aimster, nega que a associação das gravadoras tenha tentado negociar. O único contato foi uma carta enviada há um mês com um CD contendo 500 mil nomes de músicas que tinham de ser removidas do serviço em uma semana ou a RIAA entraria com o processo. "Eles nunca tentaram me procurar ou outra pessoa no Aimster", diz.
O processo contra o Aimster ecoa nas ações do ano passado contra o Napster e o Scour. Enquanto o Scour foi forçado a pedir falência antes de chegar ao tribunal, o Napster tenta levar adiante o processo enquanto tenta cumprir uma ordem judicial de filtrar músicas protegidas por direitos autorais em seu sistema de troca de arquivos.
< Leia mais>Senado aprova regras para comércio eletrônico