O vigário auxiliar da Paróquia São João Batista, de São João do Triunfo, Jacinto César Tarachuk, 35 anos, não poderá mais exercer o sacerdócio e rezar missas.
Tarachuk está preso desde a noite de segunda-feira, quando foi pego em flagrante ao lado de um adolescente de 14 anos que teria sofrido abuso sexual.
''Ele é responsável pelo que fez e vai sofrer a punição da Justiça e da Igreja'', afirmou o bispo Walter Michael Ebejel, da arquidiocese de União da Vitória.
Ebejel vai aguardar os resultados da investigação da Polícia Civil contra o vigário para elaborar um relatório sobre o caso e enviar para o Tribunal Supremo de Roma.
''Uma coisa é certa: ele não exerce mais o sacerdócio'', disse.
O bispo contou que acompanhou o padre Jacinto por sete anos no seminário de União da Vitória e nunca observou qualquer desvio de conduta.
Apenas no início deste mês é que ele recebeu o resultado de uma sindicância realizada no Exército em Uruguaiana, onde o padre exerceu o cargo de capelão há quatro anos.
''Eu recebia cartas do padre Jacinto reclamando dos problemas de tráfico e contrabando em Uruguaiana. Ele estava deprimido. Foi lá que ele acabou tendo desvio homossexual, segundo o que relata a sindicância'', contou o bispo.
Há um ano e cinco meses, ele foi para São João do Triunfo. O pároco Jairo Minosso disse que em nenhum momento detectou qualquer preferência do padre Jacinto por meninos.
Exceto há alguns meses, quando ele começou a ter crises frequentes de depressão.
Jacinto teria sido informado na quinta-feira que deixaria a paróquia e teria ido para a casa da família em Mallet.
''Ficamos chocados com o que aconteceu, mas não vamos abandoná-lo.
Providenciamos um advogado e pedimos um tratamento psiquiátrico para ele'', prometeu Jairo Minosso. A Igreja dará apoio também à família do adolescente que foi vítima do vigário.
Na arquidiocese de Curitiba ninguém quis comentar o assunto.