Cinco anos depois de entrar em vigor, o Código de Trânsito Brasileiro obrigou motoristas a mudarem o seu comportamento quando estão dirigindo. A situação melhorou em Curitiba, mas ainda não é ideal.
Dados parciais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) mostram que de janeiro a novembro de 2002 houve 38,9% menos mortes e 26,8% menos atropelamentos do que nos mesmos onze meses de 1997, ano anterior ao que o Código começou a vigorar. O número de acidentes caiu 17,3%, e o de acidentes com feridos diminuiu 16,7%. Estes dados levam em conta o crescimento da frota da cidade que, no período, aumentou 23,11%.
Já o total de acidentes apresenta uma tendência de estabilização. De janeiro a novembro do ano passado foram 23.936. Para os especialistas da Diretran o programa Cidadão em Trânsito, a nova lei e a municipalização do trânsito fizeram com que o número de acidentes parasse de crescer.
Para Twardowski, engenheiro do Diretran, o problema mais grave do trânsito depois dos cinco anos da nova lei e da criação do órgão municipal de trânsito está na falta de cidadania de alguns motoristas. "Os Centros de Formação de Condutores não estão preparando o motorista cidadão", disse.