Paraná

Abalo sísmico que atingiu Cambé tem magnitude 1,6 na Escala Richter

17 jun 2024 às 11:45

O abalo sísmico que atingiu o município de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) neste domingo (16) registrou uma magnitude 1,6 na Escala Richter, que consiste em uma ferramenta da sismologia criada em 1935 por Charles Richter, físico e sismólogo estadunidense.


O número foi apurado pela base sismográfica de Londrina, que é mantida em parceria com a USP (Universidade de São Paulo). José Paulo Pinese, que é professor do Departamento de Geologia e Geomática da UEL (Universidade Estadual de Londrina), o abalo sísmico aconteceu por volta das 6h e, ao que tudo indica, teve origem natural, ou seja, não está relacionado a uma atividade humana.


"Por ser um evento sísmico de baixa magnitude, o abalo não causou danos que demandassem a ação da Defesa Civil. Também há registros de danos materiais substanciais e não há feridos ou mortos", explica.


Moradores de Cambé relataram ter sentido o tremor de terra. Alguns chegaram a ouvir, também, um barulho semelhante a uma explosão. Mesmo assim, não foram registrados eventos causados por humanos que justificassem o abalo sísmico.



De acordo com Pinese, o fenômeno que atingiu a cidade está ligado à movimentação das rochas de origem vulcânica que são encontradas na região de Londrina. "As rochas sofrem movimentos naturais, como o reflexo do movimento das placas tectônicas, o que pode gerar esses abalos de baixa magnitude."


O professor pontua, ainda, que eventos como o abalo sísmico deste domingo - com magnitude inferior a 2,5 na Escala Richter - têm sido comuns nos registros da base sismográfica de Londrina, que coleta dados desde 2015.


Apesar disso, após o tremor em Cambé moradores relataram falta de água ao longo do domingo. Técnicos da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) permaneciam em campo até as 17h35 para reparos na rede de distribuição. 


A assessoria de imprensa da Companhia afirmou que houve um rompimento às 2h, quando ocorreu o fechamento do setor para estancar o vazamento. 



"Na região de Londrina, precisaríamos ter um evento com magnitude superior a três ou quatro na Escala Richter para que ocorresse um dano material mais sério. Mas isso depende muito da situação encontrada no subsolo do lugar", explica.


Pinese destaca que, diante desse contexto, os moradores de Cambé e dos municípios da região não precisam se preocupar. 


"Os registros mostram a baixa magnitude e, consequentemente, a baixa probabilidade de danos. Há um susto na hora, mas maiores preocupações maiores não são necessárias. Além disso, as análises históricas mostram que não há evolução para eventos sísmicos de maiores magnitudes", finaliza o professor.


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