Em Rolândia
O filme é baseada no romance "Conversazione in Sicilia", obra-prima do escritor Elio Vittorini, escrita em 1937. Rodado em 1999, em preto e branco, o filme é ambientado nesse mesmo ano, numa Itália sufocada pelo regime fascista. Silvestro, um linotipista, volta à Sicília depois de morar durante 15 anos em Milão.
Esse retorno não tem o encanto afetivo do reencontro com as velhas paisagens. Pelo contrário: o linotipista não é mais o mesmo que saiu, nem sua cidade mergulhada na vida árida, o reconhece como tal. Ao se aproximar de um paupérrimo vendedor de laranjas, ouve dele uma pergunta que o inquieta – por acaso, é um estrangeiro? "Sim, sou americano", devolve. "Há 15 anos".
"Gente da Sicília" mereceu um documentário produzido pelo português Pedro Costa, aplaudido no último Festival de Veneza. As reverências à dupla Jean-Marie Straub e DaniSle Huillet chegam em boa hora, como um reconhecimento aos artistas que tiveram de vencer uma árdua caminhada.
Na biografia de Straub assinalam-se especialmente o desprezo e a indignação a seus filmes, tanto pelo público como pela crítica. Em contrapartida, talvez ninguém tenha feito tão pouco caso do que se dizia a seu respeito, como fez o diretor. Ele sempre soube o que queria e jamais se deixou influenciar com as opiniões alheias.
"É um filme maravilhoso", escreveu o crítico Luiz Zanin Oricchio, de "O Estado de S. Paulo", sobre "Gente da Sicília". O cineasta Valêncio Xavier apaixonou-se pela obra. Foi de Curitiba a São Paulo especialmente para ver a fita. Assistiu a duas sessões corridas, e voltou para casa. Não satisfeito, 15 dias depois estava de novo na paulicéia, repetindo a dose. As sessões no Instituto Goethe – com entrada franca – são mais econômicas.
"Gente da Sicília", de Jean-Marie Straub e DaniSle Huillet. Um operário volta para sua terra, a Sicília, depois de viver 15 anos em Milão, e descobre-se um estranho nesse reencontro. Amanhã, às 15 horas, no Instituto Goeth Curitiba, Rua Reinaldino S. de Quadros, 33,em Curitiba. Entrada franca.
Esse retorno não tem o encanto afetivo do reencontro com as velhas paisagens. Pelo contrário: o linotipista não é mais o mesmo que saiu, nem sua cidade mergulhada na vida árida, o reconhece como tal. Ao se aproximar de um paupérrimo vendedor de laranjas, ouve dele uma pergunta que o inquieta – por acaso, é um estrangeiro? "Sim, sou americano", devolve. "Há 15 anos".
"Gente da Sicília" mereceu um documentário produzido pelo português Pedro Costa, aplaudido no último Festival de Veneza. As reverências à dupla Jean-Marie Straub e DaniSle Huillet chegam em boa hora, como um reconhecimento aos artistas que tiveram de vencer uma árdua caminhada.
Na biografia de Straub assinalam-se especialmente o desprezo e a indignação a seus filmes, tanto pelo público como pela crítica. Em contrapartida, talvez ninguém tenha feito tão pouco caso do que se dizia a seu respeito, como fez o diretor. Ele sempre soube o que queria e jamais se deixou influenciar com as opiniões alheias.
"É um filme maravilhoso", escreveu o crítico Luiz Zanin Oricchio, de "O Estado de S. Paulo", sobre "Gente da Sicília". O cineasta Valêncio Xavier apaixonou-se pela obra. Foi de Curitiba a São Paulo especialmente para ver a fita. Assistiu a duas sessões corridas, e voltou para casa. Não satisfeito, 15 dias depois estava de novo na paulicéia, repetindo a dose. As sessões no Instituto Goethe – com entrada franca – são mais econômicas.
"Gente da Sicília", de Jean-Marie Straub e DaniSle Huillet. Um operário volta para sua terra, a Sicília, depois de viver 15 anos em Milão, e descobre-se um estranho nesse reencontro. Amanhã, às 15 horas, no Instituto Goeth Curitiba, Rua Reinaldino S. de Quadros, 33,em Curitiba. Entrada franca.