Mais de cem russos morreram e cerca de 1,5 mil foram hospitalizados nas últimas semanas com sérios problemas de fígado devido a uma onda de intoxicação por vodca falsificada. Só na região de Irkutsk, na Sibéria, 14 cidades decretaram estado de emergência.
De acordo com notícia da BBC Brasil, policiais intensificaram as operações em fábricas e pontos de venda de bebidas e apreenderam grandes quantidades de líquidos tóxicos, como solvente industrial, perfume e produtos para limpar janelas, que seriam vendidos como bebidas alcóolicas. A venda de álcool caseiro, conhecido na Rússia como "sagomon", também é muito comum.
Críticos dizem que o mercado foi inundado com vodca falsificada depois que o governo russo introduziu um sistema de certificação da bebida que acabou elevando os preços.
Desde o início do ano, pelo menos 18 mil pessoas morreram de envenenamento por álcool, de acordo com estatísticas citadas no Parlamento russo na sexta-feira (27)
O alto índice de alcoolismo aliado à venda de bebidas falsificadas e de baixa qualidade continua sendo um dos problemas mais sérios da Rússia no período pós-soviético e contribui para uma expectativa de vida de apenas 59 anos de idade para os homens do país.
De 1991 a 2001, o consumo de álcool na Rússia subiu cerca de 40% de acordo com a Organização Mundial de Saúde.