O Vaticano abriu na manhã desta segunda-feira (2) o velório público na Basílica de São Pedro para que os fiéis se despeçam do papa emérito Bento XVI, em rito que será encerrado na próxima quinta-feira (5) com uma missa rezada por Francisco.
Pouco antes da abertura formal às 9h (hora local), por volta das 8h50, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, esteve no local para prestar sua última homenagem ao religioso.
Já a premiê italiana, Giorgia Meloni, entrou na igreja minutos após a abertura. Ela estava acompanhada pelo subsecretário da Presidência do Conselho de Ministros, Alfredo Mantovano, e pelo ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida.
Logo nas primeiras horas da manhã, a fila de fiéis já reunia centenas na Praça São Pedro. Segundo estimativas do governo de Roma, cerca de 30 mil a 40 mil pessoas devem comparecer ao funeral diariamente.
Antes do velório público, o corpo de Bento XVI estava sendo velado de forma privada e bastante restrita no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, local onde Joseph Ratzinger permaneceu os quase 10 anos após renunciar ao comando da Igreja Católica.
Conforme o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o papa Francisco foi o primeiro a ir ao convento para se despedir do alemão após saber de sua morte, ocorrida na manhã do último sábado (31).
Ratzinger tinha 95 anos e vivia recluso no mosteiro. Nos últimos anos, vinha apresentando problemas de saúde ligados à "idade avançada". Pouco antes do Natal, o religioso sofreu uma piora e o papa Francisco chegou a pedir orações pelo estado "muito grave" do alemão.
No entanto, durante a semana, Bento XVI continuava a participar da rotina local, ajudando em missas privadas. Ainda de acordo com Bruni, as últimas palavras ditas por ele foram "Senhor, te amo", na noite da última sexta-feira (30).