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Valentina está envolvida em dois desaparecimentos

02 set 2003 às 20:45

O delegado regional da Polícia Federal, Ademir Gonçalves, disse hoje que aguarda determinação do Ministério da Justiça para que a polícia paranaense se engaje nas investigações do desaparecimento de crianças com suposta ligação à seita Lineamento Universal Superior (LUS), liderada por Valentina de Andrade.

A seita teria envolvimento no desaparecimento de 14 meninos em Altamira - município que fica a 300 quilômetros de Belém (PA), onde Valentina será julgada -, 20 no Maranhão e quatro no Paraná.

A Folha apurou, no entanto, que Valentina e seus seguidores são citados em dois casos de crianças desaparecidas no Estado: o de Leandro Bossi, que tinha 8 anos quando sumiu de Guaratuba (Litoral do Estado), em 15 de fevereiro de 1992; e de Leonardo de Mello e Silva, na época com 5 anos, desaparecido desde o dia 14 de outubro de 2001, de Umuarama.

O inquérito sobre o desaparecimento de Leandro Bossi continua sendo conduzido pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), que chegou a reproduzir uma foto com a provável aparência do menino com sua idade atual (18 anos).

Segundo o ex-delegado chefe do Sicride, Harry Herbert, que presidiu o inquérito por sete anos, Leandro Bossi desapareceu na mesma época em que Valentina e outros integrantes da seita LUS estiveram em Guaratuba e se hospedaram num hotel onde a mãe do menino trabalhava como camareira. Leandro costumava frequentar o hotel.

O caso de Leonardo foi parar nas mãos da Polícia Internacional (Interpol). Os supostos sequestradores seriam integrantes da seita e teriam levado o menino para a Argentina.

A Folha apurou que Valentina está em Londrina, internada em uma clínica particular de repouso e recuperação. A clínica não deu informações sobre seu estado de saúde.


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