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Um a cada 25 condenados à morte nos Estados Unidos é provável inocente

28 abr 2014 às 20:30

Uma em cada 25 pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos é provavelmente inocente, segundo um novo estudo estatístico sobre o tema.

O levantamento foi liderado pelo professor Samuel Gross, da Escola de Direito da Universidade de Michigan, e reforça dois importantes e recorrentes questionamentos em países onde a lei prevê a pena capital: quantos inocentes já foram executados erroneamente e quantas pessoas que ainda esperam no corredor da morte são inocentes dos crimes pelos quais foram condenadas?


Segundo Gross, a maior parte das pessoas inocentes sentenciadas à morte ou executadas não chega a ser identificada nem libertada. Entre 1973 e 2004, apenas 138 prisioneiros, ou 1,6% de todos os condenados à morte nos EUA, foram inocentados e libertados após a constatação de vícios processuais.


Desde 1977, quando a pena de morte foi reinstaurada nos EUA, mais de 1.300 pessoas foram executadas no país.


Gross e mais três estudiosos analisaram a questão empregando uma técnica recorrente em estudos médicos conhecida como análise de sobrevivência. O bioestatístico Theodore Holford, da Universidade de Yale, disse que este "parece um modo lógico de análise desses dados".


Na opinião do professor de estatística John Grego, da Universidade da Carolina do Sul, talvez seja melhor levar em consideração a margem de erro do estudo e especular que a taxa de inocência provavelmente oscila entre 2,8% e 5,2% dos casos de condenação à morte.


De acordo com o professor Jerry Fagan, da Escola de Direito de Columbia, trata-se do primeiro estudo a utilizar métodos estatísticos sólidos e adequados em relação à pena de morte nos EUA.

As conclusões do estudo serão publicadas na próxima edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.


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