Mundo

Trump diz que EUA precisam de fronteiras fortes e que Europa vive "bagunça"

29 jan 2017 às 15:03

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (29), em mensagem no Twitter, que o país precisa de fronteiras fortes e que a Europa e o mundo vivem uma "bagunça".

"Nosso país necessita de fronteiras fortes e controle extremo. Agora. Veja o que está acontecendo na Europa e no mundo - uma terrível bagunça!", disse Trump na rede social.


O presidente postou a mensagem após uma juíza ter determinou, na noite desse sábado (28), a permanência nos Estados Unidos de refugiados e imigrantes de sete países muçulmanos que estavam prestes a serem deportados em razão de uma ordem executiva de Trump que barra a entrada de cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen. A ordem foi anunciada na última sexta-feira (27) e entre 100 e 200 pessoas que estavam em voos para os Estados Unidos ou já se encontravam em solo americano foram detidas e aguardavam ser deportadas, apesar de terem visto para entrar no país.


A suspensão foi decidida pela juíza Ann Donnelly, da corte distrital de Brooklyn, em Nova York, e representa a primeira derrota do veto aplicado pelo presidente Donald Trump à entrada de imigrantes e refugiados, principalmente de países com população de maioria muçulmana. No entanto, a decisão da corte se limita a autorizar que as pessoas atualmente detidas em aeroportos sejam liberadas. Instâncias superiores da Justiça americana ainda vão examinar queixas de advogados e instituições de direitos humanos contra o mérito da ordem executiva do presidente Trump.


Críticas e protestos


A aplicação do decreto anti-imigração provocou diversas manifestações de repúdio nos Estados Unidos e reações críticas de vários países e lideranças políticas, segundo a Radio France Internacionale.


A chanceler alemã Angela Merkel considera que não são "justificadas" as medidas de restrição à imigração adotadas nos Estados Unidos por Donald Trump. "Ela está convencida que mesmo no âmbito da luta indispensável contra o terrorismo, não é justificado suspeitar de maneira generalizada as pessoas em função de sua origem ou crença", disse o porta-voz Steffen Seibert, citado neste domingo (29) pela agência de notícias DPA.


A declaração da chanceler é feita no dia seguinte ao contato telefônico que a líder teve com o presidente americano. O comunicado emitido após a conversa não menciona as novas restrições impostas pela Casa Branca.


Depois de ter sido muito criticada pela recusa em comentar a decisão do governo americano, a primeira-ministra britânica Theresa May, que esteve reunida durante a semana com Donald Trump, se posicionou neste domingo sobre o decreto anti-imigração.


"A política de imigração dos Estados Unidos diz respeito ao governo dos Estados Unidos, da mesma maneira como a nossa deve ser fixada pelo nosso governo. Mas não estamos de acordo com esse tipo de abordagem", declarou um porta-voz de Downing Street. Londres afirma que irá "intervir junto ao governo americano" se a política de imigração tiver um impacto sobre os cidadãos britânicos.


Sem comentar diretamente o decreto do presidente Trump, o governo canadense reforçou sua política de "braços abertos" aos refugiados para marcar sua diferença com o país vizinho.


A aplicação do decreto anti-imigração assinado na sexta-feira (27) pelo presidente Donald Trump provocou diversas manifestações de repúdio nos Estados Unidos e reações críticas de vários países e lideranças políticas. As informações são da Radio France Internacionale.


A chanceler alemã Angela Merkel considera que não são "justificadas" as medidas de restrição à imigração adotadas nos Estados Unidos por Donald Trump. "Ela está convencida que mesmo no âmbito da luta indispensável contra o terrorismo, não é justificado suspeitar de maneira generalizada as pessoas em função de sua origem ou crença", disse o porta-voz Steffen Seibert, citado neste domingo (29) pela agência de notícias DPA.


No comunicado, a chanceler lamenta a proibição da entrada no país pelo governo americano adotada contra os refugiados e cidadãos de alguns países. O governo alemão disse que vai "avaliar as consequências" da medida para pessoas que tenham a dupla cidadania alemã e de alguns dos países afetados pelo decreto.


A declaração da chanceler é feita no dia seguinte ao contato telefônico que a líder teve com o presidente americano. O comunicado emitido após a conversa não menciona as novas restrições impostas pela Casa Branca.


Depois de ter sido muito criticada pela recusa em comentar a decisão do governo americano, a primeira-ministra britânica Theresa May, que esteve reunida durante a semana com Donald Trump, se posicionou neste domingo sobre o decreto anti-imigração.


"A política de imigração dos Estados Unidos diz respeito ao governo dos Estados Unidos, da mesma maneira como a nossa deve ser fixada pelo nosso governo. Mas não estamos de acordo com esse tipo de abordagem", declarou um porta-voz de Downing Street. Londres afirma que irá "intervir junto ao governo americano" se a política de imigração tiver um impacto sobre os cidadãos britânicos.


Sem comentar diretamente o decreto do presidente Trump, o governo canadense reforçou sua política de "braços abertos" aos refugiados para marcar sua diferença com o país vizinho.


Uma manifestação foi convocada no Aeroporto JFK, em Nova York, que pediram com palavras de ordem e cartazes a liberação dos imigrantes detidos.

Protestos também foram realizados nos aeroportos de Dulles, perto de Washington, Chigago (norte), São Francisco (oeste), Los Angeles (sudoeste) e Dallas (sul).


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