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Trump anuncia Tom Homan como 'czar da fronteira'

11 nov 2024 às 10:04

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (10) o retorno do linha-dura Tom Homan à diretoria do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês), órgão responsável pelas fronteiras americanas.

"Tenho o prazer de anunciar que o ex-diretor do ICE e defensor do controle de fronteiras, Tom Homan, se unirá ao governo Trump como responsável pelas fronteiras da nossa nação -o czar da fronteira", publicou Trump em sua rede social, a Truth Social. "Eu conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor para policiar e controlar nossas fronteiras."

Homan comandou o serviço de migração no início do primeiro mandato de Trump e foi um dos primeiros defensores da separação de famílias para dissuadir os migrantes -política que se tornou um escândalo durante a administração do republicano. Ao longo de sua gestão, quase 4.000 crianças migrantes foram separadas de seus pais, enviados para detenção.

A escolha é condizente com os planos de Trump, que prometeu, logo no começo de seu novo mandato, fazer a maior operação de deportação da história dos EUA. O republicano fez do combate à imigrantes ilegais o elemento central de sua campanha, chegando a afirmar que eles "envenenam o sangue do país".

O presidente eleito também falou em acabar com os programas de acolhimento de migrantes implementados nos últimos anos por Washington e reinstaurar a política de separação de famílias na fronteira. Segundo Trump, Homan ficará responsável por "todas as deportações de estrangeiros ilegais".

"Tenho uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden permitiu entrar em nosso país: comecem a fazer suas malas já", declarou o ex-funcionário em julho, durante a Convenção Nacional Republicana. Ele participava com frequência de eventos do partido para mobilizar apoiadores.

O presidente eleito está se reunindo com candidatos em potencial para servir em sua administração antes de sua posse como presidente, em 20 de janeiro.

Também no domingo, o republicano anunciou que a congressista Elise Stefanik será a embaixadora dos EUA na ONU. Ela ganhou projeção nacional ao pressionar reitoras de universidades de elite sobre antissemitismo, na época dos grandes protestos pró-Palestina nas instituições americanas.

"Estou honrado em anunciar Elise Stefanik para servir em meu gabinete como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. Elise é uma guerreira incrivelmente forte, dura e inteligente do 'America First'", afirmou Trump, em um comunicado enviado ao jornal New York Post, fazendo referência a uma política de viés populista que coloca os EUA em primeiro lugar em detrimento de assuntos globais.

Stefanik confirmou que aceitou o cargo e se declarou "realmente honrada".

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