O prêmio Nobel de Medicina de 2002 foi atribuído ontem ao americano H. Robert Horvitz e aos britânicos Sydney Brenner e John E. Sulston. Eles fizeram descobertas sobre os genes a partir do estudo da vida e morte das células de um verme, e esse estudo permitiu compreender melhor as origens das doenças ligadas à degeneração das células, como o câncer ou a aids.
Os três premiados permitiram identificar os genes que intervêm na regulação da ''morte programada'' das células, ou seja, o processo que permite manter um número apropriado de células nos tecidos, para o qual algumas delas recebem a ordem de morrer em vez de continuar se multiplicando.
Segundo o Instituto Karolinska de Estocolmo, que concede o prêmio, esta descoberta permitiu a melhor compreensão de certas doenças em que esse equilíbrio entre células vivas e mortas se rompe, como a aids ou o infarto do miocárdio, nas quais há um excesso muito importante de células perdidas em razão de uma ''morte programada''. Ou mesmo nos cânceres, nos quais, ao contrário, as células continuam vivas e um número excessivo de células que deveriam ter morrido continuam a se reproduzir.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta terça-feira.