Militantes da Al Qaeda degolaram o engenheiro americano Paul Marshall Johnson, que havia sido sequestrado pela rede terrorista na semana passada na Arábia Saudita, afirmou a rede de TV Al Arabiya nesta sexta-feira.
As forças de segurança sauditas mataram três militantes suspeitos em Riad (capital). A região tem sido cenário de uma intensa procura após militantes da rede terrorista Al Qaeda terem matado um americano na semana passada.
A rede de TV não disse se os militantes foram mortos durante a busca pelo corpo de Johnson. ''Como prometemos aos guerreiros, degolamos o refém americano Paul Marshall depois do prazo final que demos ao tirano governo saudita'', declarou a rede Al Qaeda em um comunicado divulgado em um site islâmico.
''Esse ato de vingança é para confortar os corações de fiéis no território palestino, no Afeganistão, no Iraque e na península Arábica'', declarou o comunicado.
A Al Qaeda tinha dado ao governo saudita um prazo até ontem para libertar militantes presos ou mataria o engenheiro americano. ''Essa é a voz de Deus com raiva pelo tratamento dado aos muçulmanos em Abu Ghraib, Guantánamo e outras prisões'', afirmou o comunicado, referindo-se a prisões militares americanas no Iraque e em Cuba.
Funcionário da empresa americana Lockheed Martin, fabricante de material de guerra, Johnson foi o primeiro ocidental a ser sequestrado em uma onda de ataques de militantes na Arábia Saudita, que começou a mais de um ano.
A Al Qaeda afirmou que realizou os ataques e sequestros em vingança às torturas de prisioneiros muçulmanos cometidas por americanos. Na terça-feira, o grupo divulgou um vídeo em um site islâmico mostrando Johnson com os olhos vendados.
Autoridades sauditas afirmaram que o país não aceitaria as exigências da Al Qaeda. O governo americano também se pronunciou dizendo que não negociaria com terroristas.
Os EUA renovaram a advertência aos cidadãos americanos para que abandonem imediatamente a Arábia Saudita por causa da possibilidade de atentados terroristas.
No dia 15 de abril, o Departamento de Estado fez um alerta a respeito do perigo de viajar ou permanecer na Arábia Saudita, país que enfrenta uma onda de ataques contra estrangeiros.
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou que a decapitação do refém americano Paul Marshall Johnson na Arábia Saudita é um ''ato de barbárie''.
''Condenamos totalmente esta ação'', afirmou Powell. O secretário de Estado também disse estar seguro de que as autoridades sauditas ''redobraram seus esforços para combater o terrorismo''.