As autoridades japonesas estão trabalhando para tentar evitar novos incidentes explosões na usina de Fukushima, que já sofreu explosões em três de seus reatores.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que está monitorando a situação, diz que o sistema de proteção dos reatores até agora resistiu aos impactos, e que isso tem contido o vazamento de material radioativo.
O repórter da BBC David Shukman explica o que acontece dentro dos reatores de Fukushima e como são as tentativas de evitar um vazamento.
Dentro dos reatores, os bastões de combustível nuclear passam pelo processo de fissão, em que os átomos se separam e liberam energia. Injeta-se água, que circula ao redor do reator, formando vapor e fazendo funcionar geradores de eletricidade.
Mas se faltar água no reator, os bastões de combustíveis podem se superaquecer e derreter. O combustível nuclear pode vazar para o fundo do container – mas, a menos que haja uma falha, o fundo de aço é feito para resistir.
O cientista-chefe do governo britânico, John Beddington, disse que o superaquecimento pode gerar explosões que resultariam na emissão de material radioativo. Mas por pouco tempo (cerca de uma hora e meia) e curto alcance (500 metros), disse o cientista.
Especialistas não creem que o desastre em Fukushima possa se converter em um "novo Chenobyl", em referência ao desastre nuclear de 1986. Na ocasião, a explosão lançou uma fumaça de material radioativo por centenas de quilômetros.