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Técnica diz que vacina contra gripe para idosos não tem contra-indicação

12 abr 2003 às 16:26

Pessoas portadoras de asma, diabete, que sofram de insuficiência renal ou de problemas cardíacos, ou que estejam contaminadas pelo vírus HIV (sintomático ou assintomático) devem se vacinar contra a gripe, a partir deste sábado até o dia 30.

A informação é da técnica da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Maria de Lourdes de Souza Maia.


Ela reiterou, neste sábado, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, que não há contra-indicação para receber a vacina caso a pessoa tenha se alimentado, nem é necessário fazer repouso posterior à aplicação.


No entanto, as pessoas que têm alergia à proteína do ovo, ao mercurocromo e ao mertiolate não podem ser vacinadas.


Maria de Lourdes lembrou também que os idosos só estarão protegidos contra o vírus da gripe se tomarem a vacina todos os anos.


"Quando a pessoa é vacinada, só está protegida depois de duas semanas efetivamente e, aí, a defesa aumenta até o pico máximo, durando pelo menos quatro meses. Depois desse período, a resistência começa a cair. Essa é a razão pela qual há um período certo para fabricarmos a vacina e fazermos a campanha", explicou. A


lém disso, os vírus circulantes mudam a cada ano e, conseqüentemente, a composição da vacina.


O estado onde a vacinação tem se mostrado mais eficaz é o Rio Grande do Sul, o segundo com maior população acima dos 60 anos, que é de 10,42%. Maria de Lourdes disse que isso ocorre porque o vírus começa a circular, na região Sul, depois da campanha de vacinação, feita sempre em abril.


"As pessoas já estão imunizadas quando o vírus vem, nos meses de maio, junho ou julho e no Norte, ao contrário, o vírus circula anterior ao período da campanha, de dezembro a fevereiro", observou.


A coordenadora do programa de imunizações esclareceu porque não se antecipa a vacinação nos estados em que o vírus circula no início do ano.


"A Organização Mundial de Saúde informa, geralmente em setembro, as cepas de vírus que predominam a cada ano nos hemisférios Sul e Norte e, a partir daí, fabricamos a vacina, o que leva seis meses", disse.

As cepas são raças diferentes de uma mesma espécie.Maria de Lourdes julga que o ideal seria direcionar a fabricação para cepas específicas do Brasil e acrescentou que o governo está conduzindo estudos para antecipar a produção da vacina. A Campanha Nacional de Vacinação do Idoso deve atingir pelo menos 10,5 milhões de pessoas a partir dos 60 anos de idade, o que corresponde a 70% da população nessa faixa etária.


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