As gêmeas siamesas nascidas na noite de quarta-feira, no Distrito Federal, têm 90% de chances de sobreviver, segundo o médico pediatra responsável pelo caso, Márcio Morem.
A maioria das crianças que nascem com esse tipo de problema morre antes de completar um ano de vida, informou, mas "se não houver sangramento ou qualquer outro tipo de complicação na cirurgia, as duas podem levar uma vida normal".
Morem explicou que as gêmeas são onfolópagas – ligadas pela região do umbigo – e compartilham o fígado. A área de união é de cerca de dez centímetros.
Apesar de preocupado, o pai das crianças, Francisco das Chagas da Silva Santos, de 27 anos, disse ter esperança na sobrevivência delas. Motorista desempregado, contou que quando soube chorou muito, mas disse que "a gente precisa ter fé em Deus, levantar a cabeça e torcer para que dê tudo certo".
Ele e a mulher moram em Samambaia, cidade-satélite de Brasília, e pedem ajuda da população com doações. Os interessados devem ligar para (61) 359-8257.
A mãe, Maria José da Silva, de 20 anos, é dona-de-casa e continua internada no Hospital Regional de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Ela ainda não viu as filhas, que foram transferidas para o Hospital de Base de Brasília, a 20 quilômetros.
No fim da tarde, a equipe médica do HBB divulgará o resultado de novos exames e só então poderá ser marcada a data da cirurgia de separação das gêmeas.