Cirurgiões de Cingapura separaram, nesta terça-feira, duas siamesas sul-coreanas que nasceram unidas pela coluna vertebral, duas semanas depois do fracasso da separação de duas iranianas de 29 anos, declarou o porta-voz do Raffles hospital, onde a operação foi realizada.
''A separação das siamesas coreanas, Min Sa-rang e Min Ji-hye, foi um sucesso'', disse Prmar Naitro depois da cirurgia. ''Segundo minhas informações, as gêmeas foram separadas e passam bem'', acrescentou.
Os bebês, de quatro meses, foram operados no mesmo hospital onde foi realizada a cirurgia das siamesas iraniana, que não sobreviveram à operação de mais de 50 horas, em uma intervenção sem precedentes em duas adultas unidas pela cabeça.
A equipe médica, liderada pelo neurocirurgião Goh, dava mais possibilidade de sobrevivência às siamesas sul-coreanas por causa da idade.
''A equipe médica informou que as possibilidades de sobrevivência são de mais de 85% e estamos prontos para a operação'', declarou antes da cirurgia o pai das siamesas, Min Seoon. As crianças, que nasceram no dia 3 de março passado, estavam unidas pela parte inferior da coluna vertebral e só podiam ser deitadas por um lado, o que causou uma deformação na cabeça.
As siamesas iranianas chegaram, inclusive, a travar contato com as meninas sul-coreanas, antes de sua operação. Na oportunidade, os médicos haviam alertado para o rísco da operação de ambas, por causa da idade. Mas elas aceitaram o perigo tentando, como afirmaram várias vezes, ter uma vida normal.