Um senador e um deputado dos Estados Unidos estão propondo projetos de lei semelhantes para cortar das despesas do governo cerca de US$ 41 bilhões em subsídios agrícolas, incentivos para conservação de terras e apoio a programas federais de nutrição.
Os projetos, encabeçados pelo senador Richard Lugar e pelo deputado Marlin Stutzman, ambos do Partido Republicano de Indiana, eliminariam o controverso "pagamento direto" de programas de subsídio, substituindo-os por um sistema de proteção limitada de receita, que complementaria seguros de safra. Os pagamentos diretos são enviados aos produtores independentemente do preço da safra ou da qualidade do produto. São destinados a cerca de 1 milhão de produtores, o equivalente a 105,22 milhões de hectares, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A eliminação dos pagamentos diretos e de outros subsídios resultaria numa economia de cerca de US$ 16 bilhões para o governo federal em dez anos, de acordo com Lugar e Stutzman. Outros US$ 11 bilhões seriam poupados no mesmo período com um novo limite na extensão de terras que o governo protege por meio de pagamentos a produtores, para que sejam mantidas inativas.
Os dois legisladores querem reduzir o limite do Programa de Conservação de Reserva do USDA de 13 milhões de hectares para menos de 10 milhões de hectares. Atualmente, são cerca de 12 milhões de hectares envolvidos no programa que, segundo o USDA, "protege a superfície do solo da erosão e é destinado a preservar os recursos naturais do país".
Reduzir o limite de terras inativas faria com que milhões de hectares se transformassem em terras produtivas, de acordo com Lugar e Stutzman. O projeto também pretende cortar US$ 14 bilhões em gastos do governo no Programa de Assistência em Nutrição Suplementar, comumente conhecido como o programa de vale-refeição do governo norte-americano. A proposta tornaria mais rigorosos os critérios para participar do sistema de ajuda. As informações são da Dow Jones.