A Polícia Metropolitana de Londres se declarou nesta terça-feira (19) inocente das acusações apresentadas no julgamento sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, morto a tiros por agentes que o confundiram com um terrorista.
O eletricista foi assassinado no dia 22 de julho de 2005 na estação de metrô Stockwell um dia depois de uma fracassada tentativa de atentado ao sistema de transporte público da capital britânica.
Segundo a Agência EFE, a Scotland Yard é acusada de violar os artigos 3 e 33 da Lei de Saúde e Segurança no Trabalho de 1974, que determina que um empregador deve tentar garantir que as pessoas que não sejam empregadas por ele, mas que possam ser afetadas por seu trabalho, não sejam expostas a riscos à sua saúde ou segurança.
A próxima etapa no caso acontecerá no dia 16 de janeiro, quando haverá uma audiência preliminar no tribunal penal de Old Bailey, em Londres, onde será realizado o julgamento contra a Scotland Yard.
Caso seja considerado culpado, o corpo policial pode ter que pagar uma multa.
A Comissão de Queixas contra a Polícia britânica (IPCC, na sigla em inglês) foi encarregada de investigar o caso.
Após receber o relatório do IPCC, a Promotoria anunciou em julho que não havia provas suficientes para responsabilizar os agentes individualmente pela morte do jovem, por isso se decidiu acusar a Polícia como organização por violação das normas de segurança.