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Rússia realiza eleições neste domingo com Putin seguindo para 4º mandato

18 mar 2018 às 17:49

A Rússia realiza neste domingo (18) eleições presidenciais, as quais devem garantir ao atual mandatário, Vladimir Putin, um quarto mandato. As últimas estatísticas revelam que Putin deve obter entre 69% e 73% dos votos. Em segundo lugar, aparece o comunista Pavel Grudinin, com 10% a 14% das intenções de voto; seguido pelo nacionalista Vladimir Zhirinovsky, com 8% a 12%. Todos bem distante de Putin, que está no poder desde 2000 e detém uma "máquina" impossível de vencer.

A ausência mais notável destas eleições russas é a do opositor Alexei Navalny, considerado o único capaz de mobilizar multidões contra Putin.


O desafio de Putin, na verdade, é a afluência às urnas. Somente se 70% dos 111 milhões de eleitores russos compareceram às urnas que as eleições serão validadas. E uma pesquisa do instituto Vciom indicava que só 63% a 67% dos russos tinham intenção de votar. Mas, nas primeiras horas desde a abertura das urnas, a afluência está acima da média. Por volta das 14h, cerca de 34,7% dos eleitores já tinham votado, entre eles Putin.


O presidente foi recebido por uma multidão de jornalistas russos e estrangeiros na seção 2151, que fica na Academia de Ciências da Rússia. "Tenho certeza de que o programa que propus ao país é o certo", comentou. O extenso território russo abrange 11 fusos horários, o que fará com que a votação dure 21 horas. Eleitores que vivem em outros 145 países também poderão votar, com exceção dos que moram na Ucrânia, considerada um "país agressor". Lá, apenas na região da Crimeia, anexada pela Rússia há exatamente quatro anos, terá votação.

As eleições acontecem em um momento em que a Rússia enfrenta um isolamento crescente no cenário internacional devido ao envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido. O país tem sido acusado por Londres de ordenar o crime. Além disso, os Estados Unidos anunciaram sanções a Moscou na semana passada devido à suposta participação da Rússia nas eleições à Casa Branca de 2016 e ataques cibernéticos. (ANSA)


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