Rússia e França anunciaram nessa semana o apoio ao Brasil no pleito por um assento como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para ambos os países, membros permanente no Conselho ao lado dos Estados Unidos, da Inglaterra e China, a entidade necessita ser transformada para tornar-se mais representativa, com a participação de países em desenvolvimento.
Defende-se também a inclusão da Alemanha, Japão, África do Sul e Índia.O Conselho de Segurança foi criado no final da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de zelar pela manutenção da paz e da segurança mundial. Desde então, sua estrutura permanece idêntica: são 5 membros permanentes (com direito da veto) e outros dez rotativos eleitos em Assembléia Geral a cada dois anos, sem direito a reeleição.
Atualmente, o Conselho passa por uma forte crise de credibilidade. Os Estados Unidos desafiaram a ONU ao ignorar as orientações do organismo no que diz respeito a invasão do Iraque. No dia 20 de março deste ano, o presidente George W. Bush deu sinal verde para que o exército norte-americano levasse a cabo as ações que resultaram na queda do ditador Saddam Hussein e na destruição do país.
O pós-guerra ainda não chegou. Os norte-americanos foram surpreendidos pela resistência dos nativos e o conflito ainda é uma realidade. A situação tem pressionado os EUA a aceitar a reestruturação do Conselho e da própria ONU. França e Alemanha criticam a postura norte-americana e pedem que a ONU tenha maior força de ação no Iraque no processo de condução do restabelecimento de paz no país.