O parceiro de longa data de uma pessoa que morre tem uma possibilidade 27% maior de ser vítima de doenças potencialmente fatais como o câncer e problemas cardíacos, sugeriu estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia.
Participaram do estudo 4.395 casais entre 45 e 64 anos de idade, no período entre 1972 e 1979.
A alta mortalidade observada entre integrantes de um casal casado formalmente foi observada na década de 40, e desde então foram feitos vários estudos sobre o assunto. Mas eles atribuíram o fenômeno a hábitos compartilhados de estilos de vida de risco, como uma má alimentação ou o tabagismo, e não ao choque e estresse provocado pela morte do parceiro.
Stewart Wilson, diretor da organização beneficente de aconselhamento para casos de luto, Cruse Bereavement Care, disse ao jornal britânico Daily Mail que a pesquisa mostra o quanto é subestimado o impacto de se perder um ente querido.
O estudo de Glasgow disse que a incidência de morte por doença após a viuvez é mais de duas vezes maior entre as mulheres do que entre os homens. Os especialistas escoceses sugerem que seja dado maior apoio às viúvas e viúvos após perderem seus entes queridos.
Segundo o Daily Mail, "essa teoria pode explicar porque alguns casais parecem incapazes de viver após a morte de um de seus integrantes", e dá como exemplo o cantor de música country Johnny Cash e sua esposa June Carter Cash, que morreram em um espaço de poucos meses um do outro.
June morreu aos 73 anos depois de uma cirurgia em maio de 2003, e Johnny Cash morreu cinco meses depois, de complicações em sua diabete, aos 71 anos.