O repórter da BBC Richard Scott visitou a nave espacial da Virgin no deserto de Mojave, na Califórnia, Estados Unidos.
Scott foi o primeiro jornalista a entrar na espaçonave, ainda em construção dentro do hangar da empresa.
O repórter mostrou onde pilotos e seis passageiros ficarão sentados, dos lados da nave.
Os passageiros poderão olhar através das grandes janelas, de onde verão o céu passar do azul para o púrpura e, então, para a escuridão do espaço.
O barulho do foguete e o som que vem do lado de fora, da atmosfera, vão gradualmente desaparecer. Quando vier o silêncio e a escuridão, eles saberão que já estão no espaço.
A partir daí, os passageiros terão cinco minutos para flutuar pela cabine. E, sem gravidade, a 112 quilômetros acima da Terra, os passageiros poderão olhar livremente pelas janelas.
A viagem tem duas partes: primeiro um avião carregará a nave a uma altura de mais de 15 mil metros, e, então a soltará no ar.
A espaçonave vai acionar seus foguetes e, em menos de um minuto, vai acelerar a mais de 4 mil quilômetros por hora.
Pete Siebold, um dos pilotos de teste da espaçonave afirmou que "o grande desafio e antecipar o que pode dar errado, pois este é um avião único".
A Virgin, por sua vez, diz que as viagens ao espaço terão uma emissão de carbono por passageiro mais baixa do que uma viagem transatlântica. Mesmo assim, ainda é muita energia usada em uma viagem tão curta.
Matt Stinemetze, de uma das empresas que está construindo a nave, conta que o objetivo é levar milhares de pessoas ao espaço nos primeiros anos. Nos últimos 50 anos, entre 400 e 500 pessoas foram ao espaço.
No entanto, o preço da viagem não é para qualquer um: cada passagem custará quase R$ 330 mil. Apesar do preço, mais de 400 pessoas já compraram um ticket para o espaço.