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Relatório mostra desigualdades na educação na AL

30 nov 2007 às 18:58

A necessidade de melhorar a qualidade da educação e distribuir o acesso ao ensino na América Latina e no Caribe permanece como um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento humano da região. É o que revela relatório lançado ontem (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos (EPT) estabelece objetivos educacionais mundiais até 2015. Baseado em avaliações com alunos da região, o documento revela baixo aprendizado na maioria dos 11 países pesquisados. No Brasil, no Chile e no Peru, os índices de qualidade do ensino permanecem estáveis.


O estudo, no entanto, mostra que de 34% a 63% dos alunos com 15 anos que apresentaram resultados abaixo do nível mínimo no quesito leitura em 2003 residem em países em desenvolvimento, incluindo Brasil e México. Em nações como Argentina e Colômbia, mais de 40% das crianças da 4ª série do ensino fundamental foram classificadas com média mínima ou inferior em leitura e compreensão de textos em 2001.


Segundo a Unesco, na maioria dos países pesquisados, crianças e jovens residentes em áreas rurais apresentam pior desempenho na escola do que alunos de áreas urbanas. As exceções são Argentina e Colômbia, onde as disparidades entre centros urbanos e rurais são apontadas como "relativamente pequenas".


O relatório apresenta ainda performances baixas e desiguais em disciplinas de língua local e matemática em muitos países da região. No Haiti, apenas 44% dos alunos que cursaram a 5ª série em 2004 e 2005 tiveram desempenho considerado satisfatório pelo Ministério da Educação do país.


A Unesco classificou Belize, Colômbia, El Salvador e México como países que apresentaram progresso na qualidade da educação.


Quanto ao número de professores em escolas primárias da América Latina e do Caribe, o documento registra aumento de 11% entre 1999 e 2005, o que representa quase 3 milhões de professores a mais. Na média, porém, apenas 82% dos professores do ensino primário eram capacitados em 2005.

Aruba, Bermuda, Cuba e El Salvador registraram 100% de professores primários capacitados para o ensino. Índices menores do que 65% de capacitação foram encontrados em Belize, Dominica, Guiana e São Cristóvão e Nevis.


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