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Refugiados palestinos morrem por falta de alimentos e remédios na Síria

11 jan 2014 às 15:31

Um idoso e três crianças morreram nesta sexta-feira (10) por falta de alimentos e medicamentos no acampamento de refugiados palestinos de Al Yarmuk, no sul de Damasco, e na localidade de Duma, no nordeste da capital, de acordo com as informações divulgadas hoje (11) pela organização não governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Segundo a OSDH, o homem e duas das crianças morreram em Al Yarmuk, onde as condições humanitárias e sanitárias são precárias devido ao cerco das forças do regime do presidente Bashar Al Assad.


Cerca de 500 mil refugiados palestinos viviam na Síria, dos quais mais de 150 mil em Al Yarmuk, antes do início do conflito em março de 2011, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Muitos dos habitantes do acampamento abandonaram as suas casas devido aos confrontos e bombardeamentos.


Na sexta-feira, o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) Peter Maurer iniciou uma visita de três dias à Síria para avaliar a situação e negociar um acesso mais amplo para a organização, que tem no país a sua maior operação de assistência humanitária.


Mais de 100 mil pessoas morreram desde o início do conflito, segundo a ONU, que disse esta semana ter deixado de contar as vítimas em agosto do ano passado devido à impossibilidade de checar os dados.


O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres e que utiliza fontes no território para contabilizar as vítimas, elevou recentemente para mais de 130 mil o número de mortos na guerra.

A Conferência Genebra 2 que vai discutir a paz na Síria deverá começar em Montreux (Suíça) em 22 de janeiro, sob a presidência do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e contar com a participação de representantes de mais de 20 países, continuando em 24 de janeiro entre as delegações sírias, com a presença do mediador internacional Lakhdar Brahimi.


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