Depois de meses de manifestações e acusações causadas pela saída polêmica do canal privado de televisão RCTV do ar na Venezuela, adversários e simpatizantes da medida preparam-se para ver neste domingo (27) o fim do canal mais antigo do país.
Aliados do presidente Hugo Chávez convocaram uma manifestação nas avenidas centrais de Caracas para demonstrar apoio ao fim da concessão do sinal aberto da emissora, que o governo chama de "golpista" e de favorecer a elite econômica.
Já os opositores da decisão do governo, que a consideram uma retaliação política, fizeram um ato na véspera com buzinas e panelas, denunciando o que chamam de atropelo da liberdade de expressão.
Chávez classificou no sábado como "fechamento de um ciclo" a saída do canal e ameaçou os inimigos com contra-ataque em caso de violência, dizendo que tem um plano que passaria pelo aprofundamento de sua "revolução" socialista.
O Tribunal Supremo de Justiça rejeitou dois pedidos que tentavam evitar a saída do ar da RCTV e ordenou as Forças Armadas a tomarem os equipamentos de transmissão para garantir a continuidade do sinal da freqüência desocupada, que será entregue a um canal público.