O acordo feito na tarde desta quarta-feira em Brasília por um grupo de parlamentares, a direção dos Correios e o Ministério das Comunicações sobre o reajuste salarial da categoria, tende a dividir opiniões dentro do comando de greve, na avaliação do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).
Para os dirigentes da entidade, a tendência é de que vários estados, como Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul rejeitem hoje, a proposta nas assembléias, por considerar que o avanço em relação à oferta anterior é mínimo. O sindicato paranaense realiza assembléia na manhã desta quinta para analisar a proposta e fazer uma avaliação dos oito dias de paralisação, que já atinge cerca de 90% dos seis mil funcionários do estado.
O diretor de Finanças e Administração do Sintcom-PR, Sebastião Cruz disse que, se depender do Paraná, a greve vai continuar porque a categoria não aceitará aumento parcelado. Além disso, deve ser considerado que a data-base é em agosto, não em janeiro. Outra questão levantada pelo sindicato paranaense é que abono é uma medida "prejudicial", pelo fato de não ser incorporado aos salários.
A última proposta da empresa é de 3,74% de reajuste, mais R$ 500 de abono e R$ 60 de aumento real em janeiro de 2008. Para o acordo coletivo de trabalho ser assinado, é preciso que pelo menos 18 dos 33 sindicatos da categoria no país aceitem a oferta.
ABr