Como o governo anunciou, os cortes de verbas da proposta de Orçamento 2003 - primeiro ano do mandato do futuro presidente da República - não poupam a área social. De acordo com a Folha de São Paulo, os gastos com educação registram queda em relação ao Orçamento de 2002, assim como os programas nas áreas de organização agrária, saneamento e habitação.
A área da saíde receberá cerca de R$ 1 bilhão a mais que em 2002, um aumento de pouco mais de 5% em relação a este ano. A inflação prevista pelo mesmo projeto para este ano é de 9,48%. Ou seja: os investimentos nesse campo serão quase a metade da inflação de 2002.
Um levantamento feito pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) aponta que os maiores cortes serão nas áreas da organização agrária, saneamento e habitação, em torno de 60%. Os investimentos públicos também sofrerão uma queda de aproximadamente 30%.
A conta das aposentadorias do setor público será certamente o maior desafio do próximo governo, pois, para 2003, a diferença entre o que é arrecadado e o gasto com aposentadorias chega a R$ 27,8 bilhões.