A Polícia Federal prendeu hoje (4) 77 pessoas acusadas de participar de quadrilhas envolvidas com contrabando, corrupção, tráfico de drogas e jogos ilegais. Foram 56 presos no Mato Grosso do Sul, 16 em São Paulo, um no Mato Grosso, um em Rondônia, dois no Paraná e um no Distrito Federal. Os nomes não foram divulgados porque a investigação está sob segredo de Justiça.
De acordo com a Polícia Federal, a operação envolve 600 policiais, e as prisões são fruto de dois inquéritos separados que tinham investigados em comum. Um inquérito investigava o contrabando de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. "Investigaram-se as atividades ilícitas de cinco organizações criminosas que agiam nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rondônia, atuando na importação ilegal de componentes eletrônicos, na exploração ilegal de jogos de azar e na corrupção de agentes públicos, principalmente policiais", diz nota oficial da PF. Os acusados praticavam crimes como corrupção, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
O outro inquérito investigava a corrupção e o possível envolvimento de policiais civis do Mato Grosso do Sul com o tráfico de drogas, e, de acordo com a PF, especificamente no município de Três Lagoas (MS). Os integrantes da quadrilha estariam pagando propina para que policiais civis fiscalizassem casas de jogos ilegais. "Nas investigações constatou-se que sete policiais civis de Três Lagoas praticaram crime de corrupção passiva (cobrança e recebimento de "propinas" de criminosos), bem como o envolvimento destes policiais em outras modalidades criminosas, tais como comércio ilegal de armas de fogo e tortura", diz a apresentação da PF sobre a operação.
O nome da operação, segundo nota da PF, foi dado em alusão ao combate à exploração ilegal de jogos de azar no Brasil. A expressão xeque-mate, no jogo de xadrez, é usada quando um dos jogadores dá o lance final da partida, sem chance para o adversário tentar qualquer manobra.