O ex-ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, foi nomeado neste domingo para substituir o primeiro-ministro Matteo Renzi, que renunciou depois de sofrer uma severa derrota no referendo constitucional na semana passada, anunciou a presidência da República.
A decisão foi tomada pelo presidente da República Sergio Mattarella, o único com poder de designar o primeiro-ministro da Itália, segundo as normas da Constituição.
Gentiloni, de 62 anos, era o chefe da diplomacia desde de 2014, quando substituiu Federica Mogherini, nomeada chanceler da União Europeia.
O opositor Movimento 5 Estrelas (M5S), do comediante Beppe Grillo, defendia que o governo do PD vigorasse até a votação final da lei eleitoral e que, em seguida, fosse convocada a nova eleição, mas a lei eleitoral do país foi declarada inconstitucional.
"Pedimos a Mattarella para garantir o percurso institucional mais rápido para ir à eleição, com a nova lei eleitoral que será certificada pela Corte Constitucional", disse o partido. "Espero que o clima possa se articular e prosseguir com uma relação dialética, como é necessário para nossa democracia, mas serena e construtiva", disse Mattarella, ao fim das consultas.
"O nosso país precisa, logo, de um governo com plenitude de suas funções", acrescentou. "Nas próximas horas, analisarei o que saiu destas conversas e tomarei a decisão necessária para a solução da crise de governo", prometeu o presidente da Itália.