Policiais militares que fazem a guarda externa do Congresso Nacional impediram, na manhã desta quarta-feira, a manifestação que militantes da organização ambientalista Greenpeace pretendiam fazer, na Esplanada dos Ministérios, e prenderam 15 ativistas, que foram levados à 2ª Delegacia de Polícia.
Dentre eles um fotógrafo da France Press, que acompanhava a manifestação, conforme revelou a assessora de imprensa do Greenpeace, Gabriela Vuolo.
Ela disse que um advogado está negociando a liberação dos presos.
O objetivo "pacífico", segundo ela, era protestar contra a energia nuclear e a favor de fontes alternativas de energia limpa, dentro da programação da Semana do Meio Ambiente.
Ela afirmou que quando os ecologistas tentavam colocar faixa na cúpula do Senado, contra a construção da Usina Nuclear Angra III, no Rio de Janeiro, os policiais impediram o ato e solicitaram reforço para conter a insistência dos manifestantes, que também queriam botar ali um placar com os nomes dos participantes do Conselho Nacional de Política Energética, que vão decidir a questão.
O Greenpeace escolheu a cúpula do Senado para o manifesto por causa da similaridade arquitetônica com as cúpulas das usinas nucleares já existentes em Angra dos Reis e para lembrar aos parlamentares que, de acordo com o Artigo 21 da Constituição, cabe aos congressistas acompanhar e fiscalizar todo o programa nuclear brasileiro.