A Polícia Federal do Rio de Janeiro informou que até agora as investigações sobre o desaparecimento de computadores contendo informações sigilosas da Petrobras apontam para espionagem industrial.
De acordo com o superintendente da PF no estado, Valdinho Jacinto Caetano, foram violados apenas um dos cinco computadores portáteis e dois discos rígidos (HD).
"Havia basicamente material de escritório e alguns laptops [dentro do conteiner] e se privilegiou o roubo destes, o que nos leva a descartar a hipótese de roubo comum. Até porque, em um roubo comum se leva o computador inteiro para utilização posterior e não o HD [o disco rígido, parte interna do computador, que contém as informações]. Quem procura o HD procura informações nele contidas".
O delegado não deu detalhes sobre a investigação, que segundo ele começou no ultimo dia 1º, "uma sexta-feira de carnaval", tão logo a Polícia Federal recebeu a denúncia de um dos diretores da Petrobtras.
Na segunda-feira (18) a Polícia Federal ouviu nove pessoas e ainda restam 15 a ser interrogadas. Os investigadores também pretendem refazer o caminho percorrido pelo caminhão que transportava o conteiner com os equipamentos eletrônicos do Porto de Santos (SP) a Macaé, no interior do Rio de Janeiro.
Para essa função, a superintendência da Polícia Federal conta com o auxílio de um delegado destacado de Brasília, que a partir de hoje acompanha a delegada Carla Dolinski, responsável pelo caso.
O ministro da Justiça, Tarso Gerno, se reuniu na segunda-feira (18) com auxiliares em Brasília para tentar definir e agilizar a apuração do furto.
Agência Brasil