As polícias do Brasil e da Espanha desmantelaram uma rede de tráfico de mulheres, informaram as autoridades espanholas nesta quarta-feira (13). De acordo com a BBC Brasil, a quadrilha aliciava mulheres brasileiras no Estado de Goiás e as trazia para a Europa.
A investigação resultou na prisão de 30 pessoas: 21 na Europa e nove no Brasil. O chefe da quadrilha era o espanhol Aquilino González Iglesias, que foi levado para Goiânia e só poderá ser extraditado de volta à Espanha depois de ser julgado pela justiça brasileira e cumprir sua eventual sentença. Se for condenado no Brasil, ele pode permanecer entre três e 12 anos na cadeia.
Iglesias é dono das discotecas "Las Ninfas" (na cidade de León, região central da Espanha) e "M2" (em Ourense), onde as mulheres eram obrigadas a se prostituir.
A brasileira Magna Peres da Costa, também presa, era a responsável por aliciar as mulheres nas cidades de Goiânia, Minaçú e Jussara (todas em Goiás).
Investigação - Segundo a polícia espanhola, as mulheres saíam de Goiânia, passavam por São Paulo e desembarcavam em Madri. Na chegada, tinham seus passaportes retidos e eram forçadas a trabalhar para a rede.
A investigação começou no ano passado, embora a rede estivesse funcionando desde 2002. Durante esses anos, cerca de 50 brasileiras viajaram para a Espanha para exercer a prostituição, controladas pela quadrilha.
Entre as 21 pessoas detidas na Espanha, estão 16 prostitutas que serão deportadas. A justiça espanhola as considera vítimas de exploração sexual, mas elas serão extraditadas porque estão em situação ilegal na Europa.