Caixas de bancos, trabalhadores de restaurantes e outros empregados em Nova York furtaram dados de cartões de crédito de turistas estrangeiros e norte-americanos de outras cidades, como parte de uma rede de roubos eletrônicos que se estendeu à China, Europa Ocidental e Oriente Médio, informaram nesta sexta-feira as autoridades.
No total, 111 pessoas foram detidas. O roubo dos dados deixou milhares de vítimas e provocou um prejuízo de US$ 13 milhões. O fiscal Richard Brown, do distrito nova-iorquino do Queens, disse foi o maior caso de fraude que ele viu em duas décadas de trabalho. As acusações incluem corrupção empresarial e roubo.
"Esses furtos não foram o mesmo que assaltos a mão armada, mas o impacto disso sobre as vítimas foi o mesmo", disse Brown. Pelo menos três caixas de bancos, comerciários de lojas varejistas e trabalhadores de restaurantes furtavam os números dos cartões de crédito.
Eles obtinham os números quando estavam com os cartões dos clientes, para cobrar uma conta, por exemplo. Depois, vendiam ilegalmente os números dos cartões. Outros membros das gangues furtavam os números dos cartões de crédito na internet.
Os números eram vendidos a fabricantes de cartões falsos das bandeiras Visa, MasterCard, Discover e American Express. Então equipes de "consumidores" munidas dos cartões falsificados iam às compras, gastando em lojas de luxo como Bloomingdale''s, Macy''s, Apple, Gucci e Louis Vuitton, entre outras. A mercadoria era mais tarde revendida na China, Europa e Oriente Médio.
Foram adquiridos produtos como iPads, iPhones, computadores, relógios de pulso e bolsas, disseram as autoridades. Os suspeitos também usaram os cartões para se hospedar em hotéis caros, bem como para alugar jatinhos e automóveis de luxo.
"Os ladrões possuem um conhecimento surpreendente de como usar a tecnologia", disse Brown. "A imaginação que se desenvolve nestes dias realmente é impressionante".
As informações são da Associated Press.