Menos de uma semana depois da prévia de Iowa, os principais pré-candidatos à Casa Branca correm contra o tempo para buscar apoio na próxima primária dos Partidos Republicano e Democrata, que será realizada nesta terça-feira no Estado de New Hampshire.
Após a vitória consagradora em Iowa, duas novas pesquisas indicam que o senador Barack Obama, do Estado de Illinois, também pode superar a senadora Hillary Clinton na disputa democrata em New Hampshire.
Uma pesquisa da TV CNN dá uma vantagem de 39% a 29% para Obama sobre a ex-primeira-dama. Outra pesquisa, do jornal USA Today e do instituto Gallup, mostra Obama 13 pontos percentuais à frente.
No domingo, uma pesquisa da agência Reuters com o instituto Zogby mostrava um empate técnico, com Clinton com 31% contra 30% para Obama.
Na opinão de muitos analistas americanos, uma nova vitória de Obama colocaria o senador em um caminho bastante confortável para obter a indicação democrata para ser o candidato do partido à Presidência e deixaria a candidatura da senadora sob séria ameaça.
Novas caras
A primária em New Hampshire será realizada apenas cinco dias após a prévia de Iowa.
Em ocasiões anteriores, havia um hiato maior entre as duas disputas, mas, neste ano, diversos Estados anteciparam suas prévias e primárias a fim de pleitear um papel de maior influência no processo que escolherá os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, em novembro.
Em Iowa, duas caras novas roubaram a cena. Entre os democratas, Obama foi o vencedor da disputa e deixou a outrora franco favorita, Hillary Clinton, em um distante terceiro lugar.
No campo republicano, o ex-governador de Arkansas e ex-pastor batista Mike Huckabee foi o primeiro colocado, superando Mitt Romney, o ex-governador de Massachusetts que investiu milhões na campanha.
Ofensiva
Por conta do pouco tempo de que dispõe e a fim de conter a onda em favor de Obama, a senadora partiu para a ofensiva contra o rival e abraçou o tema que parece ser a bola da vez, a crise econômica que atinge os Estados Unidos.
O tópico ganhou força após os dados divulgados nos últimos dias relativos à taxa de desemprego no país, que atingiu seu nível mais alto nos últimos dois anos.
Em um debate realizado neste sábado, Hillary criticou a retórica do senador, que defende ser o candidato da mudança e alguém que visa resgatar a esperança dos americanos, em um momento em que o país se encontra fortemente polarizado.
Hillary disse que Obama critica a pressão de lobistas sobre políticos de Washington, mas tem aceito contribuições de lobistas da indústria farmacêutica. Ela também apontou supostas contradições nas votações de Obama no Senado.
"Você disse que iria votar contra o financiamento da guerra do Iraque, mas votou por um orçamento de US$ 300 bilhões para a guerra", afirmou a senadora.
Obama disse que a Hillary estava distorcendo o seu histórico de votações e acrescentou que os eleitores de New Hampshire não iriam recompensar essa postura.
Em clara referência ao discurso de Obama, Hillary disse: "Não estou apenas prometendo mudanças em minha campanha. Eu estou promovendo mudanças há 35 anos. Minha campanha visa confrontar companhias farmacêuticas, de saúde e de petróleo".
As informações são da BBC Brasil.