Pelo menos 46 jornalistas foram mortos em 2011, e pelo segundo ano consecutivo o Paquistão foi o país que mais registrou mortes deste tipo, informou nesta terça-feira o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) em Nova York. Segundo o Comitê, as mortes ocorreram durante coberturas perigosas, como protestos nas ruas. Por causa dos protestos no mundo árabe em 2011, as mortes atingiram o maior nível já registrado.
Sete mortes ocorreram no Paquistão, cinco no Iraque, onde os ataques continuaram apesar da retirada dos EUA do país e Líbia, onde a revolta popular contra Muamar Kadafi levou à guerra na região. "Dezessete jornalistas morreram em situações perigosas de trabalho, muitas delas enquanto faziam cobertura de confrontos violentos entre autoridades e manifestantes durante as revoltas no mundo árabe", informou o relatório.
Fotojornalistas e operadores de câmeras responderam por 40% das fatalidades, mais de duas vezes a proporção de jornalistas mortos registrados pelo CPJ desde que o relatório começou a ser feito em 1992.
O grupo também informou um aumento no número de mortes entre jornalistas de internet, que "raramente apareciam relatório do CPJ antes de 2008".
O CPJ informou ainda que continua investigando outras 35 mortes ocorridas em 2011 e que podem ter relação com o trabalho. O grupo informou que em 2010 44 jornalistas foram mortos. As informações são da Dow Jones.